domingo, 11 de dezembro de 2011

Adote um infeliz


É óbvio que esse é um blog triste, talvez por isso me sinta só. Quem quer ser amigo de uma transtornada?

Talvez por isso não goste de contar a ninguém a minha dor, talvez por isso até esse blog me incomode. Porque ver a tristeza escrita e disponível a qualquer julgamento alheio parece pior.
Sim, eu quero ficar bem, não quero sentir dores, quero sorrir novamente, mas não consigo.

Ontem encontrei uma amiga que está grávida pela segunda vez e às portas de perder o emprego, o cara pra variar sumiu no mundo. Só então pude perceber que existem pessoas que sofrem como eu, ou até mais que eu, se estivesse feliz talvez não tivesse me preocupado tanto. O fato é que agora não posso passar indiferente a dor alheia, tanto é que uma das primeiras coisas que pensei foi em trabalho voluntário, infelizmente minha mãe está certa, preciso começar a terapia e apesar do meu desejo de ajudar os outros, como poderia fazê-lo se não consigo sair na rua sem chorar?

Deixo então o meu apêlo: mande uma mensagem pra uma pessoa que está passando por dificuldade, dê um abraço, só o fato de estar ali já é significativo, mesmo que a pessoa não perceba no momento, mesmo que se trate de uma dor incurável como, por exemplo, a morte. Não é preciso ir até África, basta dar uma olhadinha em volta, acredito que existam muitas pessoas infelizes como eu aos seu redor e você nem notou.

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