sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Novinha e triste

Me falaram hoje: como pode ser tão triste se tão nova. LEmbrei 'Por que cocha se bonita? Por que bonita se cocha?" e em seguida, Forbela Espanca:


Até agora eu não me conhecia,
julgava que era Eu e eu não era
Aquela que em meus versos descrevera
Tão clara como a fonte e como o dia.


Mas que eu não era Eu não o sabia
mesmo que o soubesse, o não dissera…
Olhos fitos em rútila quimera
Andava atrás de mim… e não me via!


Andava a procurar-me - pobre louca!-
E achei o meu olhar no teu olhar,
E a minha boca sobre a tua boca!


E esta ânsia de viver, que nada acalma,
E a chama da tua alma a esbrasear
As apagadas cinzas da minha alma!

Sou muito míope

Fui dormir às 6 hs, levantei as 8, acabei quebrando a entrada do celular por causa do nervosismo em tentar colocá-lo pra carregar; Faltou energia elétrica. Fui ao psicólogo , o tempo passou rápido demais. Caiu a maior chuva. Esperei um pouco.

Na volta fiquei pensando na necessidade de encontrar meu eu. Passei por uma papelaria e vi uma caixa vazia, me sentia assim. Continuei andando com as gotas de chuva pingando no* óculos. Sempre gostei de chuva. A primeira descoberta, após tirá-los para enxugar: sou muito míope, tinha esquecido;


Na saída não pude deixar de notar no calendário a seguinte frase:
 "O Amor-apego atormenta... mas o Amor que liberta, VIVIFICA"
Talvez seja exatamente isso.


*Não pude deixar de pensar no erro ortográfico e em como 2* corrigiria. Inevitável.

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Sorrisos tristes

Em meio a sorrisos tristes, já consigo dizer tudo bem. Fiquei muito feliz em conseguir apresentar um trabalho, achei que simplesmente não conseguiria falar na frente de todos. Iniciei a terapia hoje, logo após a aula. Foi bom, mas percebi que tenho feito todos a minha volta de terapeutas, falo, falo, falo e me lamento mais um pouquinho. Acabei de falar com o 2*, mais uma vez ele foi gentil comigo e perguntou como eu estava. Disse que bem, ou menos pior. Estou triste, com uma infinita vontade de chorar, mas estou vivendo.


*2 é uma pessoa.

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Auto-flagelação


Eu poderia chamar esse blog de blog de lamúrias do tanto que eu lamento por aqui, é só o que eu sei fazer, mas se eu não falar enlouqueço; Não consegui ir a faculdade de novo, fiquei em casa e parece que estou pior depois da "falsa paz". Estou me sentindo um lixo e como poderia me sentir de outra forma?
Comentei com um amigo que talvez eu estivesse usando de uma tipo de auto-flagelação pra me sentir melhor, não sei como isso funciona, mas é alguma forma de dor pra diminuir o peso da culpa. A Carol comentou aqui no blog que o lance é não buscar a felicidade, é talvez ela esteja certa, já ouvi algo do tipo de regar o jardim para as borboletas virem, mas primeiro eu preciso querer viver e no momento, é a única coisa que não quero.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Largado no mundo, eu vivo...

Hoje estou infinitamente melhor. Não chorei, não me sinto o pior dos seres humanos, tenho até expectativas no futuro! Olha só que evolução. Infelizmente, não consegui levantar da cama e ir pra faculdade, perdi uma prova, mas pelo menos tenho um atestado pra poder fazer a segunda chamada. Lembrei da época do Ensino Médio logo quando descobriram do meu envolvimento com 1*, todos me criticaram, me evitaram e eu me senti péssima queria mudar de colégio, ir embora. É, serve um pouco de exemplo pra esse momento, a diferença é que não me sentia culpada e nem perdida, mas não vou falar de coisas tristes senão começo a chorar. Um pouco mais de Cazuza hoje:




* Para evitar a identificação dos envolvidos cito-os como números. Para saber mais sobre o 1 veja o post anterior.

domingo, 11 de dezembro de 2011

Uma versão mais Jorge Amado dos fatos



Um amigo analisou os fatos:
"Você namorava um, ficava com outro, depois mudou de cidade e de vida, não cortou relacionamento com nenhum dos dois, mesmo eles te ferindo as vezes, ou muito (no caso do um), depois aceitou namorar com o que ficava (o outro), e traiu com o que namorava antes (o um), e agora não ta com nem um, nem outro".

É basicamente isso: Dona flor e seus dois maridos.

Então vamos falar sobre o 1:
Primeiro: Não namorava com ele, nunca namorei e ele nunca disse que me amava, nunca fez promessas, enfim. Estava na cara que não era alguém para se apaixonar, dizia sempre: não crie expectativas e eu inconscientemente criava.

O 1 é aquele tipo de cara que não quer nada sério. Que em um momento é super carinhoso, amável, legal, em outro simplesmente não liga, some e inventa a desculpa mais esfarrapada do mundo. É o tipo de cara que mesmo sendo assim você se apaixona e eu fui a otária da vez. Era meu professor, e desde o início, estava na cara que qualquer coisa vinda dali não podia prestar. Hoje percebo que é uma relação desigual, ele sempre teria mais conhecimento que eu, mais experiência, enfim. Não por ser mais velho, pois já me relacionei com pessoas mais velhas que eles, mas até pela relação aluno-professor que já é hierárquica.
Tivemos um "causo" de 7 ou 8 meses, com alguns pequenos deslizes depois disso. Mesmo eu tendo entendido que o que realmente gostava era de uma pessoa idealizada, que não existia de fato, ainda assim dizia sim e estava sempre disponível quando precisava. Mesmo tendo sofrido, quebrado a cara, entendido que não era o que queria e decidido que lutaria contra, não conseguia dizer não...

Se você é bom e o outro mau, atire a primeira pedra!

 

Depois de ler alguns desabafos na internet, percebi que a grande maioria dos comentários rechaça, maltrata e ofende. Como se já não bastasse a dor do erro ainda existem aqueles seres malditos que se preocupam em julgar, alguns até 'cristãos', falsos moralistas esquecem-se do "Não julgueis para não sedes julgados, pois com a medida que julgardes...", "Aquele que nunca pecou atire a primeira pedra" e uma série de outros príncipios. Hoje sou atéia, mas convivi muito tempo na igreja e sei como é quando alguém é afastado por má conduta, sei que não são todos e até admiro os que exercem sua espiritualidade sem o fanatismo, mas isso é bastante comum e não pode ser ignorado.
Depois de ler o que li estou até um pouco feliz de ninguém ainda ter comentado neste blog, rs. Infelizmente, acho que estou certa em não me abrir com o mundo, pois para se sentirem melhores que os outros as pessoas se acham no direito de atacar. Tenho pra mim que isso é um mecanismo de fuga para as próprias frustrações, que por não conseguir assumir os próprios erros busca-se apontar os alheios. Espero ainda uma alma boa em que confie.